
PROJETO INTERDISCIPLINAR: “MEMÓRIAS INDÍGENAS”-2015
INTRODUÇÃO
Falar hoje de índios no Brasil significa falar de uma diversidade de
povos, habitantes originários das terras conhecidas na atualidade como
continente americano. São povos que já habitavam há milhares de anos essas
terras, muito antes da invasão européia. Segundo uma definição técnica das
Nações Unidas, de 1986, as comunidades, os povos e as nações indígenas são
aqueles que, contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores
à invasão e à colonização que foi desenvolvida em seus territórios, consideram
a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a
conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios
ancestrais e sua identidade étnica, como base de sua existência continuada como
povos, em conformidade com seus próprios padrões culturais, as instituições
sociais e os sistemas jurídicos.
Desde a última década do século passado vem ocorrendo no Brasil um
fenômeno conhecido como “etnogênese” ou “reetinização”. Nele, povos indígenas
que, por pressões políticas, econômicas e religiosas ou por terem sido
despojados de suas terras e estigmatizados em função dos seus costumes
tradicionais, foram forçados a esconder e a negar sua identidade tribal como
estratégia de sobrevivência – assim amenizando agruras do preconceito e da
discriminação – está reassumindo e recriando as suas tradições indígenas. Esse
fenômeno está ocorrendo principalmente na região Nordeste e no sul da região
Norte, precisamente no estado do Pará.
A criação de organizações indígenas formais que representem os seus
interesses perante a sociedade nacional e global e por meio das quais possam
ser construídas alianças para resolverem suas demandas constitui um passo importante
na redefinição do lugar dos povos indígenas no Brasil.
Neste sentido, os povos indígenas brasileiros de hoje são sobreviventes
e resistentes da história de colonização européia, estão em franca recuperação
do orgulho e da auto-estima identitária e, como desafio, buscam consolidar um
espaço digno na história e na vida multicultural do país.
A riqueza da diversidade sociocultural dos povos indígenas representa
uma poderosa arma na defesa dos seus direitos e hoje alimenta o orgulho de
pertencer a uma cultura própria e de ser brasileiro originário. A cultura
indígena em nada se refere ao grau de interação com a sociedade nacional, mas
com a maneira de ver e de se situar no mundo; com a forma de organizar a vida
social, política, econômica e espiritual de cada povo. Neste sentido, cada povo
tem uma cultura distinta da outra, porque se situa no mundo e se relaciona com
ele de maneira própria.
Então foi
desenvolvido um projeto interdisciplinar a esta questão (Português: perceber a
influência vocabular em nossa cultura; Geografia: conhecer as formas de
ocupação geográfica; Artes: vivenciar a cultura indígena através das danças,
rituais, pinturas, desenhos; História: desenvolver a interação cultural
indígena e a valorização na formação do povo brasileiro; Educação Física:
vivenciar os jogos indígenas possibilitando o conhecimento da importância em
sua cultura; ciências: analisar a nutrição das tribos .
JUSTIFICATIVA
Segundo o PCN, é preciso que o aluno conheça e valorize a pluralidade do
patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros
povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em
diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras
características individuais e sociais.
A proposta do projeto é difundir danças,
vocabuláriso, músicas, cerâmica, música e brincadeiras tradicionais do povo
indígena, apresentando, além da riqueza cultural, a tradição da tribo presente
na música.
Desta forma, o papel do professor é o
mediador, partindo do estudante , provocando a novas descobertas e produções.
Trabalhar com projetos implica ensinar de um modo diferente, levando em
consideração o modo como as crianças aprendem e a melhor maneira de
possibilitar a elas diversos tipos de interações/experiências.
OBJETIVO GERAL
Promover o desenvolvimento de uma consciência crítica nos etudantes, sabedores da sua atuação como sujeitos e objetos da História, valorizando a cultura indígena.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ø
Usar diferentes comportamentos leitores em contexto de estudo para
compreender um conteúdo;
Ø
Conhecer
um pouco da história dos índios;
Ø
Conhecer,analisar
e debater os hábitos e costumes dos indígenas;
Ø Pesquisar informações complementares
para enriquecer o conhecimento sobre os índios brasileiros;
Ø Refletir sobre a influência do branco
na vida do índio;
Ø Incentivar a criatividade;
Ø Desenvolver o raciocínio e atenção;
Ø Desenvolver a coordenação motora;
Ø Desenvolver a expressão corporal;
Ø
Conhecer formas geométricas e cálculos .
METODOLOGIA
As atividades serão desenvolvidas de forma individual e coletiva com a
interação professor e aluno.
Sensibilização: Roda
de Conversa sobre o tema;
RECURSOS
Sulfite, EVA, cola, tesoura, cartolina,
papel manilha, lápis de cor, tinta guache, CDs, aparelho de som, dvd, data show
etc.
CULMINÂNCIA
Será feita uma exposição de todas as atividades
realizadas pelos estudantes durante o desenvolvimento do projeto para as demais
turmas.
AVALIAÇÃO
A avaliação será através de registro
por parte do professor (a) do desenvolvimento da aprendizagem e da
participação de cada aluno frente as atividades propostas durante a realização
deste projeto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Parâmetros Curriculares Nacionais, História, MEC, Brasília, 2001.
Parâmetros Curriculares Nacionais, Geografia, MEC, Brasília, 2001.