sexta-feira, 5 de junho de 2015


PROJETO INTERDISCIPLINAR:  MEMÓRIAS INDÍGENAS”-2015


INTRODUÇÃO


Falar hoje de índios no Brasil significa falar de uma diversidade de povos, habitantes originários das terras conhecidas na atualidade como continente americano. São povos que já habitavam há milhares de anos essas terras, muito antes da invasão européia. Segundo uma definição técnica das Nações Unidas, de 1986, as comunidades, os povos e as nações indígenas são aqueles que, contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e à colonização que foi desenvolvida em seus territórios, consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua identidade étnica, como base de sua existência continuada como povos, em conformidade com seus próprios padrões culturais, as instituições sociais e os sistemas jurídicos.
Desde a última década do século passado vem ocorrendo no Brasil um fenômeno conhecido como “etnogênese” ou “reetinização”. Nele, povos indígenas que, por pressões políticas, econômicas e religiosas ou por terem sido despojados de suas terras e estigmatizados em função dos seus costumes tradicionais, foram forçados a esconder e a negar sua identidade tribal como estratégia de sobrevivência – assim amenizando agruras do preconceito e da discriminação – está reassumindo e recriando as suas tradições indígenas. Esse fenômeno está ocorrendo principalmente na região Nordeste e no sul da região Norte, precisamente no estado do Pará.
A criação de organizações indígenas formais que representem os seus interesses perante a sociedade nacional e global e por meio das quais possam ser construídas alianças para resolverem suas demandas constitui um passo importante na redefinição do lugar dos povos indígenas no Brasil.
Neste sentido, os povos indígenas brasileiros de hoje são sobreviventes e resistentes da história de colonização européia, estão em franca recuperação do orgulho e da auto-estima identitária e, como desafio, buscam consolidar um espaço digno na história e na vida multicultural do país.
A riqueza da diversidade sociocultural dos povos indígenas representa uma poderosa arma na defesa dos seus direitos e hoje alimenta o orgulho de pertencer a uma cultura própria e de ser brasileiro originário. A cultura indígena em nada se refere ao grau de interação com a sociedade nacional, mas com a maneira de ver e de se situar no mundo; com a forma de organizar a vida social, política, econômica e espiritual de cada povo. Neste sentido, cada povo tem uma cultura distinta da outra, porque se situa no mundo e se relaciona com ele de maneira própria.
Então foi desenvolvido um projeto interdisciplinar a esta questão (Português: perceber a influência vocabular em nossa cultura; Geografia: conhecer as formas de ocupação geográfica; Artes: vivenciar a cultura indígena através das danças, rituais, pinturas, desenhos; História: desenvolver a interação cultural indígena e a valorização na formação do povo brasileiro; Educação Física: vivenciar os jogos indígenas possibilitando o conhecimento da importância em sua cultura; ciências: analisar a nutrição das tribos .

JUSTIFICATIVA


Segundo o PCN, é preciso que o aluno conheça e valorize a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais.
A proposta do projeto é difundir danças, vocabuláriso, músicas, cerâmica, música e brincadeiras tradicionais do povo indígena, apresentando, além da riqueza cultural, a tradição da tribo presente na música.
Desta forma, o papel do professor é o mediador, partindo do estudante , provocando a novas descobertas e produções. Trabalhar com projetos implica ensinar de um modo diferente, levando em consideração o modo como as crianças aprendem e a melhor maneira de possibilitar a elas diversos tipos de interações/experiências.


OBJETIVO GERAL


Promover o desenvolvimento de uma consciência crítica nos etudantes, sabedores da sua atuação como sujeitos e objetos da História, valorizando a cultura indígena.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ø    Usar diferentes comportamentos leitores em contexto de estudo para compreender um conteúdo;

Ø   Conhecer um pouco da história dos índios;

Ø  Conhecer,analisar e debater os hábitos e costumes dos indígenas;

Ø  Pesquisar informações complementares para enriquecer o conhecimento sobre os índios brasileiros;

Ø  Refletir sobre a influência do branco na vida do índio;

Ø  Incentivar a criatividade;

Ø  Desenvolver o raciocínio e atenção;

Ø  Desenvolver a coordenação motora;

Ø  Desenvolver a expressão corporal;

Ø  Conhecer formas geométricas e cálculos .

METODOLOGIA

As atividades serão desenvolvidas de forma individual e coletiva com a interação professor e aluno.

Sensibilização: Roda de Conversa sobre o tema;


RECURSOS

Sulfite, EVA, cola, tesoura, cartolina, papel manilha, lápis de cor, tinta guache, CDs, aparelho de som, dvd, data show etc.



CULMINÂNCIA

Será feita uma exposição de todas as atividades realizadas pelos estudantes durante o desenvolvimento do projeto para as demais turmas. 

AVALIAÇÃO

A avaliação será através de registro por parte do professor (a) do desenvolvimento da aprendizagem  e da participação de cada aluno frente as atividades propostas durante a realização deste projeto.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Parâmetros Curriculares Nacionais, História,  MEC, Brasília, 2001.
Parâmetros Curriculares Nacionais, Geografia,  MEC, Brasília, 2001.